Escritas da Alma

Nenhum sentido me é necessário,
quando estou entregue aos beijos teus.

E teus beijos são meus sentidos.
Eles valem mais que todos os outros sentidos juntos:
tato, olfato, paladar, visão, audição
e como bruxa trago a intuição.
Beijando-te, eu rasgo todos os véus
que me impendem de conhecer, verdadeiramente, o mundo.
Porque meu mundo
é estar no teu mundo
e quando te beijo estou nele.

By Helô Strega

Tantos e-mails chegam
e lotam a minha caixa todos os dias,
mas sempre que a abro,
corro os olhos pela pela lista
à procura do teu nome.
Quando o encontro meu coração pulsa de alegria.
Nada me dá tanta alegria como receber notícias tuas.


By Helô Strega

Enquanto os adultos se escondem em marquises
e tentam se proteger embaixo de guarda-chuva.
Eu vejo estudantes correndo e rindo sob a chuva
e crianças brincando de pisar forte
nas possas d’água.
Enquanto são puxadas pelas mãos de adultos, elas brincam.
Por que será que adultos têm medo de chuva,
quando as crianças a adolescentes brincam com ela?!
Quero ser uma adulta igual criança
e enfrentar sempre todas as formas de chuva
como quem está brincando.

By Helô Strega

Quando a vida com certos fatos
me joga contra a parede
e simula me deixar sem saída.
Eu dou um empurrão nela,
corro o mais rápido que posso,
para longe de qualquer parede, muro, mureta...
Longe de lugares que ela possa me confinar.
Corro tanto até encontrar qualquer saída
mesmo que esta saída seja pular em um abismo.
Quando o encontro pulo sem pensar,
defendo que mais vale morrer correndo,
lutando e/ou caindo do que parada.
Quem sabe de tanto correr, eu aprenda a voar.
Talvez me jogando em qualquer abismo,
numa reação de desespero e fuga;
juro que eu me atreveria a bater tão forte os braços,
como se fosse capaz de voar;
quem saiba eu não aprenda, não custa tentar.
Se um dia, nada parecer ter dado certo “no fim”,
eu sei que minha existência não foi em vão;
sei que sempre tento de tudo e o melhor que posso.
Faço coisas que os Deuses só não duvidam, porque vêem.
No jogo de existir sou regida apenas,
pela consciência da Lei do Retorno:
balizada por ela tentar de tudo, tudo mesmo para ser Feliz.
E eu sempre faço mais do que qualquer um possa imaginar.




PS.: Só me arrependo neste balizamento de não tentar.
By Helô Strega

Tanto andei a sua procura,
imaginei que estivesses tão longe:
com outras pessoas...
talvez em outros lugares...
lugares distantes...
Depois de tanto andar pelo mundo,
fiquei até com os pés calejados;
coração dilacerado; corpo todo cansado...
Bem... A procura acabou.
O que importa é que enfim, eu te encontrei.
Confesso que jamais imaginaria
que estivesses tão perto de mim.
Ah! Paz como é bom te achar aqui.
Aqui bem dentro de mim.
Agora só andarei contigo por perto.


By Helô Strega

Nada mais comunicativo que um olhar:
uma linguagem que em mim nasceu perfeita.
Então, desde que nasci
venho me comunicando
pelo mundo com ela.
Considero o olhar efetivamente, minha língua materna;
minha segunda língua é a fala;
esta é minha defesa, sobre a minha linguagem.
Pois tenho vários tipos de comunicações
que se traduzem em olhares:
olhar de fúria,
olhar de esperança,
olhar de amor,
olhar de desejo,
olhar de medo,
olhar de quem está sem palavras,
olhar de sonho,
olhar de envolvido em lembranças;
olhar tristonho...
Olha de quem está explodindo de felicidade...
Tem pessoas com as quais eu me comunico só com o olhar.
Certos olhares dispensam o uso de qualquer palavra.
Hoje tenho olhar de Fênix, trago junto um olhar feliz.


By Helô Strega