Escritas da Alma

Eu não domino as letras, a gramática, as formas de escrever.

Não posso dizer que sinto orgulho disto.

Mas se seus olhos são exigentes, lamento, mas este não é o melhor espaço para eles.

Pois será incomodado e se sentirá irritado.

Se for capaz de controlá-lo: fique!

Gosto de sua companhia! Mas se num for: bye!

Mas apesar de não dominar nada disto, gosto de pensar e re-pensar!

Mas como a memória é falha e seletiva, o registro escrito faz-se necessário.

E para não perder certas coisas que penso.

Resolvi começar a registrar, sem me preocupar tanto com as fôrmas e formas.

Mas buscando não perder os muitos fios de pensamento que vão e vem o tempo todo.

Eles nunca são os mesmo, estão sempre em mutação.

E isto é fantástico! Perceber que o pensamento evolui indo pra frente ou voltando para trás.

Eu dialogo comigo mesmo escrevendo, mas às vezes imagino que estou falando com outra pessoa, como estou fazendo aqui agora, mesmo não tendo a certeza se estes interlocutores existem.

Mas não estou preocupada com isto.

Sei que dentro de mim há uma legião de sujeitos oficiosos que me constituem e me fazem ser quem sou! É eu sou...

Antagônica, intensa, insana, alegre, triste, bondosa, irada, tarada, cansada, guerreira, feminina, masculina, adulta, criança, inteligente, ignorante, culta, analfabeta, pseudo-intelectual, verdadeira, falsa, dissimulada, chorona, bem humorada, debochada, fraca, forte, bruxa, religiosa, cética, misteriosa, questionadora, malvada...

É... luzes e sombras me habitam e me constituem!