21 de abril de 2009

Dores que vão e vêm...


Queria ter sido lembrada.
Homenageada...
Que o meu carinho
Fosse reconhecido e de alguma forma correspondido.
Mas dizem que a sina de quem ama
É justamente não esperar nada em troca,
Mas viver nesta sina dói...
A gente chora escondido...
Tenta não deixar a lágrima cair...

Tenta buscar explicações
Para dar sentido; entendimento ao esquecimento.
Se é que isso é possível.
Para mim que vivo sendo esquecida
Não há justificativas
A não ser o desejo do outro
De evidenciar seu esquecimento a mim.
Mas se assim for:
Caio em uma contradição filosófica:
O outro não me esqueceu de fato.
Talvez só quer que eu sinta a dor.
Então, a questão é outra:

Que motivo existe em ver minha dor?
Para que fingir que me esqueceu?
Por que os laços não são cortados?
E eu não acabo em fim com esta dor?
Não há maior dor que ser feito de pó,
Poeira inútil e invisível aos olho
do outro.

Só que a indiferença, me provoca, revolta,
Raiva e dor...
Tenho medo de esquecer que sou.
Por quase nunca ser lembrada pelo amor.
E esta consciência é minha salvação,
Mas também de certo modo minha perdição.
Tudo eu sei é que quero sobreviver a esta dor.


By H.Strega

2 Comments:

  1. Rosemildo Sales Furtado said...
    Existe um ditado, inclusive, não concordo com ele, que diz: "Quem gosta maltrata!"

    Beijos,

    Furtado.
    Minhas Singularidades. said...
    Amiga nunca mexa com o amor de um diferente se não tiver estrutura.Mas tem.
    Dará tudo certo,mas amar os complicados é ,sempre,mais difícil.
    Definir complicado é difícil.conceito abstrato,às vezes,mas quase sempre reconhecemos o complicado.
    O diferente é quase sempre muito atraente.
    Caso o amor te maltrate agora,logo entenderás o porquê.Beijo.Cris.

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