24 de junho de 2009
Foi bem dentro do meu carro,
Não tinha outro lugar pra acontecer.
Os bancos nos separavam,
Mas o desejo e tesão nos grudou.
Viramos um só, pela boca,
Braços e mãos que se entrelaçavam
E que por breves momentos
Quase se transpassavam...
Coração batia acelerado
Num compasso ritmado,
Muito bem acompanhado
Por beijos e toques de amor.
O ar ficou pouco
O calor aumentou.
Fazia frio do lado de fora,
Mas lá dentro estava calor.
Tanto calor que os vidros se embaçaram
Pelas chamas do amor...
E do seu pescoço corria calor...
Um suor misturado ao outro
Formando só um líquido de amor...
Pareceu que haviamos ficado, ali por horas
E o tempo de amar é outro pode mesmo ter sido do
Tamanho temporal da eternidade...
Estavamos tão fundidos; grudados...
Que a eternidade nos tocou.
E por força de um tempo
Precisamos sair da eternidade.
Aos poucos fomos nos desgrudando
Abrimos uma das janelas
Para o vento entrar e nos banhar com sua brisa
E abraçados aos poucos
Fomos voltando a realidade...
Antes de ir embora
Escrevemos sobre o amor
No vidro que estava embaçado:
Nos amamos em seu carro!
By H.Strega