14 de outubro de 2009
Diz a lâmina de um oráculo:
Chega de sofrer
As coisas vão mudar
O circo está armado
Tem até um espetáculo acontecendo
Mas é mesmo tudo palhaçada.
Loucura que falta a realidade,
Pois no fim do espetáculo
Todos voltam aos seus frios papéis
Nas suas vidas monótonas e rotineiras.
E foi ali bem na esquina da realidade
Que você viveu
Uma aventura de verdade
Com o palhaço da palhaçada
Que assustado
E com medo de viver verdades,
Momentos e fragmentos de realidade.
Resolve pintar a cara,
Ficar bonitinho e engraçado.
Nas noites de espetáculos
Solta versos aos públicos
Que de suas palavras tanto rir.
Mas é uma pena
Que o pseudo-alegre palhaço
Ao fim de cada espetáculo
Enquanto, limpa o rosto
Da atuação de brincadeira;
Da vida que tem de palhaçada;
Ele fica se olha no espelho
E tentando reconhecer sobre
Qual é a sua verdadeira imagem...
A de palhaço atuante
Ou a de humano escondido...
Ele sabe que é a de humano
Mas tenta viver como se fosse a de palhaço.
Diz a lâmina sobre isso
Que um dia, ainda verei
O palhaço “quebrar a cara”
No sentido, de que ficará sem pintura,
Sem poder por máscaras...
E quando este dia acontecer.
Eu estarei feliz em algum canto
E nem serei capaz de reconhecer o palhaço
Que sem pinturas vi um dia em uma esquina,
E ele sem espetáculo, tintas, máscaras e palhaçadas...
Sentir-se-á nu e meio encabulado...
Pois sua imagem real estará
Para sempre desconfigurada.
Louvada seja a lâmina
Que fala do futuro!
By H.Strega