17 de maio de 2010
Sobre viver e ou sobreviver na escola, seja ela de qual nível, eu digo:
-Não é difícil ser silênciosa para quem passou a vida toda sendo silênciada.A vida me fez assim no espaço da escola: quietinha, mudinha... Ensinando-me que quem fala pouco, erra menos. E quem fala muito; mais do que revelar o que sabe, deixa em evidência, o que não sabe. Naquilo que não sabemos, a escola e os sujeitos que a "dinamizam", não quer nos ajudar. Ela quer nos acusar sobre as ignorâncias, aquilo do qual já temos ciência. Principalmente, se por acaso nossas ignorâncias se referirem, àquilo que a escola entende, que já deveriamos saber. Ela usará isto para nos humilhar. Então, sempre estranho quando me dão a palavra, pois nas muitas vezes que me deram, tratava-se apenas de uma dissimulação sobre a ideia de me deixariam dizer, porque quando eu não dizia o que era esperado, o meu dizer não servia. Sendo, assim, quando percebo nas pistas do cotidiano que estão brincando de me permitir dizer, algumas vezes eu tento dizer o que querem ouvir, em outras eu prefiro o silêncio, pois ele que já é meu companheiro faz tempo. Mas lembre-se não dizer, não significa não pensar. Ando de saco cheio de tudo!
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By Helô Strega