21 de abril de 2009

Fios da Vida


Eu não acredito em acaso,
Mas também não acredito
Que tudo está determinado.
Eu creio que cada um de nós
Vai tecendo seu destino
A partir das escolhas que faz
E das coisas que desiste.


E nesta tessitura
Da nossa história
Que vai se entrelaçando com fios
De outras histórias
Vamos compondo nosso destino, nossa existência.

Não escolhemos os fios de vidas
Que vêem até nós
Mas decidimos o que fazer com eles.
Se o mantemos e o envolvemos ao nosso,
Se o recusamos a espera de um fio
Que nos pareça mais interessante ou forte...

Mas o fato é que vamos tecendo a vida
Com fios tão diferenciados
Que fazem o ato de existir uma coisa única,
Maravilhosa e encantadora...

Mas nem sempre é assim
Alguns fios que se tecem aos nossos
Tornam nossa tessitura,
Estranha a nós mesmos...
Tornam nossa vida aparentemente
Feia, sem encantamento, sem sabor...

E se algumas vezes
Você sentir que os fios não estão
Tornando o ato de viver bom,
Mágico e interessante.
Lamento dizer:
Mas é chegada a hora de um trabalho
Árduo, difícil, aparentemente impossível de se fazer...

Para de tecer o melhor possível à vida...
É preciso desentrelaçar alguns fios...
Vai retirando um a um identificando:
O que não certo? Qual você não precisa mais?
Tenha coragem e separe-o em um cantinho
E volte a tecer os fios de sua vida
Com os fios que se encontram
A sua disposição
Acredite outros fios virão.


Nem todos conseguem fazer este trabalho
De reconhecer a necessidade
De desconstrução...
É doloroso e difícil...
Mas necessário a todo tecelão ou tecelã.
Preciso ser capaz de viver este processo.
Sim! Preciso acreditar que novos fios virão.


Os fios que forem retirados
Valem pela experiência vivida.
Mas pro fluxo da tecelagem da vida seguir a diante.
Eu preciso de coragemDe viver o doloroso processo de re-construção.


By H. Strega

3 Comments:

  1. Rosemildo Sales Furtado said...
    É imperiosamente necessário que saibamos proceder quando da escolha do fio, o processo de seleção sempre foi, e continua sendo de vital importância em qualquer tipo de atividade, principalmente em tratando-se da tessitura da história da vida. Em determinados momentos, decidimos por um tipo de fio, achando ser o ideal para o entrelaçamento da tecelagem e o resultado é exatamente o contrário daquilo que esperávamos, ou seja, o referido não se afina aos demais, e obrigatoriamente, temos que partir para o desentrelaçamento e, consequentemente, a reconstrução.

    Beijos,

    Furtado.
    Minhas Singularidades. said...
    Minha amiga estás muito certa.
    Temos que reconhecer os fios competitivos,os fios invejosos,os fios grosseiros,tentar resgatá-los.Mas,caso fracassarmos,e eles seguirem nos fazendo mais mal do que bem,coragem.
    Espero sempre ser um fio bem colorido ao teu lado,mesmo às vezes enrolado e ralinho,nem todos têm a mesma estrutura.Nem todos são fortes da mesma maneira,mas que enxergamos o ponto forte de cada fio.Saibamos varolizá-lo.
    Beijos.
    Lou Witt said...
    Que escrita linda e colorida como os fios que tecemos em nossa vida.
    Que possamos sempre tecer os nossos fios da melhor maneira possível, desatando os nós e amarrando lindos laços.

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