30 de outubro de 2009

Pedido à Fada Azul


Eu era um triste violão

Jogado pelo canto da casa.

Que esperava do meu músico

A dita inspiração

Para vir dedilhar uma canção.


A espera terminou

Porque hoje o músico

Chegou inspirado em casa.

Pegou-me em seu colo,

Apoiou-me bem em sua coxa

E fico passeando com os dedos

Pelas cordas que atravessam

Meu corpo

Dedilhando canções.


A brincadeira durou horas

Músicas não paravam de vir em sua cabeça.

Seus dedos não parava de dedilhar

Em minhas sonoras cordas

Que faziam sons acompanhando o de sua voz.


E o que ando pensando

Aqui no canto da sala

Na minha aparente, morta vida

Que se um dia eu encontrasse

A Fada Azul da História do Pinóquio

Eu a pediria para que me tirasse

Deste corpo de madeira.

E fizesse-me mulher com corpo

No formato de violão bem como

Meu músico gosta.

Para que eu pudesse viver

Cantando sempre ao lado dele

E para nunca mais ficar esquecida em um canto frio da sala.


By H.Strega

1 Comment:

  1. Rosemildo Sales Furtado said...
    Oi Helô! passei para te desejar um ótimo final de semana com feriadão, bem como dizer que adorei o poema, muito bonito, o que prova que continuas muito bem inspirada.

    beijos,

    Furtado.

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