28 de novembro de 2010

Marcas





Marcas...
Suas mãos vieram tatuaram minha pela com seu tato. 
A primeira tatuagem, alterou minha pulsação 
e marcas invisíveis foram impressas, 
deste a primeira vez que você me tocou: 
num beijo roubado e assustado. 
Depois outras marcas eu fui deixando você tatuar, 
sem susto, sem medo... 
 Agora feitas com emoção, desejo e tesão. 
Meu corpo está todo impregnado de você. 
Outros homens não me tocam 
e quando tentam tocar, 
podem ler algumas marcas deixadas por você. 
Os registros, supostamente, invisíveis 
revelam aos outros homens que meu corpo está possuído. 
Foi possuído de forma muito singular por você: 
segredos, ousadias, aventuras, ternuras, MSN, 
poesias, vídeos, abraços, sexo, música, 
telefonemas,
encontros pela rua... 
As tatuagens foram impressas foram 
por estes fragmentos de felicidade que vivemos. 
Às vezes, elas repelem outros homens; 
que sentem que não podem me completar. 
A vida seguiu, como sempre segue, 
é assim que deveria ser. 
Eu tento. Juro que tento seguir. 
Mas sempre quando vêem novos exploradores. 
As marcas invisíveis saltam na pele feito tatuagem. 
Afastando os supostos invasores. 
Marcas que eu sinto e, que às vezes, eu posso ver.
Marcas que morrerão comigo com ou sem você. 
Certas tatuagens, certas marcas visíveis ou invisíveis: 
nos mudam para sempre 
e até se pode tentar tirar a laser, 
arrancando a força, 
ou imaginando 
que se pode 
transitar pelo mundo como se elas não existissem. 
Mas sempre ficará vestígios da sua existência: 
no corpo e de certos momentos de sua produção; 
das condições emocionais e simbólicas 
pelas quais elas foram feitas. 
Suas marcas não sairão nunca mais... 
Hoje estou lendo uma em especial. 
Ela se fez sob a lua cheia... 
 By Helô Strega

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