21 de novembro de 2010

Sussuro do Vento


O vento chega pela janela,
entra sem pedir licença.
Ele sabe que sempre é bem vindo.
Não necessita cerimônia.
Ele vive indo e vindo.
Traz-me notícias de você:
ele sussurra em meus ouvidos
a palavra Felicidade.
Isto me deixa mais calma,
embora haja em mim um pouco de tristeza,
o vento é meu amigo
e sempre fico mais leve sabendo
do “bem” que não é meu.
Logo após o sussurro e antes mesmo
que o vento vá embora, eu lhe faço um pedido:
_Por favor, volte até ele e faça um carinho em seu rosto,
mas não diga que foi um pedido meu.
O vento me promete segredo,
pois o vento vive sozinho no mundo;
sozinho feito eu.
Fiz mais um pedido:
_Quando puderes traga-me mais notícias.
O vento se foi e nada me respondeu,
já havia me feito dois favores sabia que era abuso meu.
Mesmo sem ter dito nada.
Eu sei que em breve terei notícias.
O vento é como eu, ele vive em meio a multidões,
mas de um certo modo está sempre sozinho.
Além do “bem” que não é meu, eu também amo o vento:
amo suas notícias em forma sussurros,
seu carinho em minha face e em meu cabelo.
Quem sabe um dia eu tenha um caso de amor com o vento.
Eu invento que quando um vento ama,
ele vibra em forma de ventania.
Aguardo ansiosamente seu próximo sussurro.


By Helô Strega

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