21 de junho de 2009

Aqui quase jaz H. Strega

Estou morta

Não sinto mais o pulso bater

Ou sangue pelas veias correr.

A ansiedade de ver um dia passar

Para um novo chegar

E ao acordar saber que estou viva

Já não existe mais em mim.

Não sou fiirme e nem forte!



Queria estar pronta para outra.

Mas a morte chegou e tomou conta.

Meu solo se tornou estéril

As plantas morreram

A tempos não vejo campos de trigos

Ou de flores que dançavam ao vento,

Brilhavam ao sol e que acolhiam os vagalumes à noite.

Tenho saudade deste tempo!

Mas agora tudo acabou está morto!



So vejo cinzas por onde ando

Não há sobreviventes aqui dentro

De minha alma tão escura e vazia

Até o céu está negro

E o ar pesado com fuligem...

Estou morrendo aos respirar este ar.

Andei por horas

Neste espaço dentro mim feito de antigos campos

Hoje um espaço morto terra sem habitantes.



Não há sinais de vida em qualquer lugar.

Às vezes, eu grito na esperança de encontrar

Alguma alma perdida ou amiga.

Mas meus gritos só produzem eco

E medo a mim mesma.

Ainda ando pelos campos cinzentos

E agora me sinto e vejo transformar-me em cinzas com ele

Já não sinto mais meu corpo

Não vejo mais nem as cinzas

Minha alma e meus pensamentos se misturam a ela.

Virei pó, virei cinza...



Minha existência foi consumida

Estou tristemente morta.

Estranho não sentir-me feliz pela morte.

Não me lembro das mortes anteriores...

Mas sempre tive a idéia de que a morte trouxesse alegria.



Agora tudo que me resta é esperar...

Estou dentro de uma pira do mundo.

Sou uma ex-Fênix, agora reduzida a cinzas.

Tudo que me resta é esperar

O momento do renascimento acontecer.


Momento onde eu possa ter a chance de renascer

Voltar para minha Heliópolis, no alto Egito.

E quem sabe ser poder feliz novamente.

O destino de toda Fênix é nascer do pó, das cinzas

Morrer nas cinzas

E reviver das cinzas.



Não gosto de estar morta.

Não gosto deste destino.

Tenho medo até de reviver!

Mas cinzas eterna não quero ser.

Tudo é tão triste nas cinzas.

Quero voltar a ter cores e ver cores!

Ter a chance de renascer...


By H.Strega


2 Comments:

  1. Anônimo said...
    Apesar de ler sua dor fico feliz por saber que fenix não morrem.
    Ate brevi
    Anônimo said...
    Para vc uma canção:
    "Meu amor ah seu pudesse te abraçar agora.
    Poder parar o tempo nesta hora e nunca mais ter que te ver partir."
    Infinitamente forte o que escreves, minha amiga. Gosto do seu modo de expressar, tão, tão...... (faltam palavras)
    Queria ser um amigo a te dar cores.

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