27 de janeiro de 2009

O curioso caso de Benjamin Button

A vida é feita de mistérios...
Em seus pontos mais extremos
A infância encontra o velho.
O velho revive a fragilidade da infância.
E estas possibilidades nos assustam e assombram.


Apesar dos nossos medos
Viver vale à pena.
A fragilidade sempre nos assusta.
Envelhecer dói.
Não tememos ao envelhecimento
Mas sim,
A possibilidade de deixar de existir.


O movimento feito por Benjamim Button
Um movimento contrário a vida.
De quem nasce velho e fica novo
Mas esteticamente que cronologicamente,
Nos assusta e nos deixa frágil.
A possibilidade de pensar em uma vida assim.


Mas percebe-se que de algum modo
Estamos fazendo o mesmo movimento que Button
Não esteticamente
Mas no desenvolvimento de nossa história
Que cresce, mas também “descresce”.


Temos medo deste movimento
Que estamos fadados para além dos conceitos estéticos
Sobre o qual não temos domínio
Um movimento de envelhecimento interno.


Ficamos assustados com a idéia
De nos tornarmos dependentes
De uma outra pessoa
De não darmos conta de atender bem
Aqueles que são dependentes de nós.
Mas sabemos que é
O que nos espera um dia.


Mas nada destas coisas
Que quase nos parece sina
Nos importam tanto
Como o desejo de construir
Uma história de vida bem saboreada.


Porque viver sempre vale à pena
A vida foi feita para colecionar
Histórias verdadeiramente vividas
Partilhadas com os outros
E para ser re-partilhadas com
Tantos outros que nela não puderam atuar.
Viver e poder narrar a vida.
No fundo, este é o desejo de toda alma.


Após a experiência de ter visto o filme:
O curioso caso de Benjamin Button.
Só uma coisa de fato me amedronta
E incomoda-me nesta vida negativamente.
É a perda da memória gradativa
Que todos nós seres humanos estamos fadados



Assusta-me muito!
Saber que um dia
Irei perder o contato com
As minhas histórias vividas.
Não só por elas,
Mas porque isto implica em
Esquecer-me...
Não saber mais quem sou?
E o que fez-me ser assim.


Gostaria de não morrer
Com as minhas memórias.
Já que a minha morte é sina,
Mas para as minhas memórias pode ser que, não!
Que a minha morte não seja o fim delas.


Mas Button e muitas outras pessoas
Que estiveram e estão vivos.
Sabem um pouco
Como solucionar esta problemática,
Em relação a perda de memória
Uma das alternativas é fazer uso do registro escrito.


Registrar não com intenção de realizar
Um grande feito histórico
Mas para poder relembrar
Quando a memória falhar.


E para ajudar a eternizar nossa existência
Que poderá sempre ser re-visitada
No dia em que não estivermos mais aqui.
Assim é fato:
Nosso morte acontecerá um dia.
Mas pode ser que da nossa memória, não!

1 Comment:

  1. Unknown said...
    EI!!Adorei o filme,mas não sei se era para ganhar OSCAR!!!Mas eu adoro relembrar,tem dias que tiro para ver como foi munha primeira festa,primeiro namorado,meu filho crecsendo,eu nem sempre sendo leal ao ANJO DE PROCISSÂO...Relembrar e ver nossas páginas escritas,momentos bons e momentos não tão!!
    Mas foi VIDA!!Bjos

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